este cão
não tem a certeza
dos sentimentos
que sente
se são humanos
ou não
ele pensa
que é gente
e que o que sente
é solidão
e chora
de dia
noite afora
como
se humano fora
eu dou-lhe pão
não lhe posso chegar
com a mão
e isso rasga-me
a alma
e o coração
se eu pudesse
fazia-lhe festas
matava-lhe a fome
de afagos
a míngua de afectos
8 comentários:
Já há tanta gente tratada como o farrusco,ou pior que o farrusco.
todavia continuamos de pé e sabemos que os tempos hoje por pior que sejam, são sempre melhores que os do fascismo e,por isto, Abril é vitória. está nas mãos do Povo mudar os rumos que seguimos.
seja como for a história já revelou o suficiente que se não encontramos unidade no pensamento,é possível encontrá-la na acção.
Abraço o farrusco, espero não apanhar nenhuma pulga. Em relação a um jogado à rua quantos de nós não juntariamos ao medo da pulga o da sida,isto é, o humano fica ainda mais só que o farrusco.
bjnho
asilva
andrade da silva
concordo em relação às pessoas
mas este cão, não sendo pessoa, parece que é
e sofro quando o oiço chorar
que hei-de fazer!...
oh rosalina
também me doi o mal que fazem aos animais. Na minha casa sempre houve cães e gatos. Tenho um que se chama patusco, qe me acompanha sempre, me olha, me namora.
Safei à morte um gato na prisão da trafaria, morreu no primeiro dia da primavera de um ano já longinquo, tive um grande choque, tive um baque.Perdi um grande amigo.
assisti aos últimos momentos de um gato da minha irmã, admirei a sua coragem, já quase a morrer ergueu-se para ir morrer à sua cama, uma dignidade infinita.
também me doi o mal que fazem aos animais quis dizer que neste mundo há gente que faz mal aos animais e ás pessoas,o que é intolorável.
a melhor medida do nosso humanismo é como tratamos os nossos animais. a Bélgica porque é um país civilizado reconhece direitos aos animais particularmente aos cães.
rosalina se não chorasses pela dor dos animais serias menos humana.
abraço
asilva
ola amiga
se o problema são pulgas ou carraças vende-se nas farmácias (pelo menos aqui, umas embalagens pequenas com um liquido a aplicar sobre o animal,
o tratamento são três aplicações de x em x tempo e é problema resolvido.
Agora se é medo que morda, nunca fiando, embora a mímica dos cães indique se têm intenção de agredir ou não!mas o nosso medo é jà por si um convite ao ataque (hormonal)
toda a via tive cães, grandes e pequenos, barulhentos os pequenos, por medrosos.
Grandes tive pastores alemães, os em casa podiam ser desconfiados diante dum estranho, principalmente se estivesse perto dos meus filhos.
Colleys, outro cão, outro temperamento, a dentada do colley é rápida depois foge e volta em seguida, é corajoso mas não tem corpulência para fazer frente a um inimigo senão por breves e sucessivos ataques.
os meus adoravam as crianças e jogar à bola.
e este que tenho agora, que me acompanha mesmo de noite por locais ermos sem que eu sinta a mínima apreensão, aceita bem toda a família, mas não aconselho ninguém a meter-lhe a mão na boca,e de qualquer forma nunca deixo as crianças sozinhas com ele. Ao pé de nós sim, sozinhos nunca! a não ser eu, ou então se alguém me tocasse não sei que seria, embora me obedeça à voz e ao gesto
tive sempre cães, tenho quintal por onde podem correr à vontade, cheguei a ter quatro cães ao mesmo tempo, cada filho trouxe um.
dão-se optimamente com os gatos, comem juntos muitas vezes, e o mais engraçado é que até a passarada come e bebe com eles, nem os meus gatos actuais atacam a passarada
às vezes é de morrer a rir
os cães em contrapartida não aceitam que outro se aproxime se estão de roda de um osso
nos animais só conheço um verdadeiro mau momento, o da morte!
abraço
Marília
coitadito do farrusco, ninguem lhe liga, da vontade de leva-lo para casa e dar-lhe miminhos.
Carissimas
eu os meus beijos nao sao para caes
que sempre tive, meus beijos guardo-os ternos para as crianças e se puder com ajuda dum cao salvo-as da morte!
O SAUVAGE (o selvagem?)
Nós em Portugal? hoje, com os animais? não sei! mas sei que há cerca de trinta anos, tivemos na família um cão pastor alemão, veio para nossa casa tinha um mês.
Adoptou-me e habitou-se a seguir-me por onde fosse. O cão cresceu com meus filhos.tive quatro. E o cão guardava-os até na praia onde ia tomar banho com eles fazendo círculos a nadar, sem nunca os deixar sozinhos! sem os perder de vista por um segundo!
Num fim de dia,estava eu já preparada para o jantar, com uma saia, comprida, meio cigana.
De repente na Ria Formosa em Faro,na ilha, uma criança sobre um colchão de praia estava a ser levada na força da vazante.
Eu vestida nada podia fazer que fosse suficientemente rápido, nisto vi a mancha negra de meu cão ao pé de mim, e gritei: vai buscar o menino! o cão em voo lançou-se à água, talvez que o menino para ele fosse um dos meus filhos. O certo é que vigorosamente nadou ao largo, onde o miúdo aflito, mais aflito parecia com a aproximação de tal monstro!? eu de terra gritei: agarra-te ao cão!! o garoto abraçou-se ao cão e o Sauvage, era assim o nome desse animal generoso, trouxe o garoto para terra. Quando chegou, na areia as mulheres que assistiram à cena choravam todas! o cão não se aguentava nas patas que se dobravam debaixo dele. o garoto? esse foi-se, sem uma olhar ao cão, talvez ainda demasiado assustado com o que tinha vivido.
Durante o verão na ilha nunca o Sauvage esteve tão gordo, pois onde quer que passasse, todos lhe queriam dar de comer.
O tempo foi decorrendo, os anos seguiram e o cão foi envelhecendo... pois sabem com acabou esse animal? envenenado!!! na casa de campo onde estava, ele, a cadela da casa, que estava com ele e uma bezerra. Os três vítimas do mesmo veneno. Desconheço por ser em casa de amigos, qual era a história da cadela que morreu! Mas temos que reconhecer que para um cão quase humano, que foi a nado salvar uma criança, merecia morte mais digna e com menos sofrimento que aquela que causa o veneno! nada mais! que cada um pense o que há a fazer no nosso país para que os animais tenham o lugar que merecem! Não será que tudo isso tem a ver com certas carências da população? não será que com mais escolaridade, com menos raivas provocadas pelas faltas, tudo isso seria atenuado? deixo a pergunta a quem tiver sabedoria para responder eu limito-me a narrar um facto. Era o meu cão! Hoje há cerca de vinte anos anos que morreu e em casa ainda ninguém o esqueceu Viva Portugal! sem ironia! é o que penso! pois no dia em que tivermos governantes que nos governem o país e em que o povo não sofra mais, isto tudo estará solucionado, não de repente, mas a caminho disso!
Marília Gonçalves
Pois é Rita por muito que custe é cão!
Beijos Lála
marília
sinto que conhece bem do que fala
e é comovente essa história do sauvage
sem dúvida que num país com mais educação, e sobretudo, com menos pobreza de toda a ordem,os animais seriam mais bem tratatados, assim como as pessoas
rita
nós fazemos os possíveis por dar miminhos ao farrusco
lála
é um ser
não humano, é certo, mas nem por isso deixa de ter sentimentos
é o que eu penso
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