03 fevereiro 2010

resposta de um capitão de abril Andrade da Silva


Cara Amiga

Obrigado. Andei por muitas terras, naturalmente estive perto de si, mas o problema das terras era comum a Pias e a outros lugares, mas o que me deu água pela barba foram os problemas dos lagares.

Amei Pias, como todo a Alentejo, as pessoas mexiam-se e as coisas aconteciam. Construia-se o Futuro e da minha parte nunca ao de leve passou qualquer divisão de partidos, para mim era a aliança pura do Movimento das Forças Armadas e o Povo, era a justiça em marcha, era a construção do Futuro, nunca pratiquei violência contra ninguém, mas nunca aceitei que alguém se pudesse deitar sem pão, só porque o lagar não funcionava, ou a terra não produzia, isto, nunca devia ter acontecido, e, então, depois de Abril era impensável e nunca comigo isso poderia ser tolerável.

Honro-me de ter evitado a violência, mas ter ajudado a crescer a alegria, e a fazer com que se pagasse milhares de contos em salários em atraso. Todos os latifundiários denunciados por essa prática cobarde, depois de muita resistência lá arranjaram os trocos para pagarem

Ao povo de Pias um grande abraço e para si.

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