02 janeiro 2010

capitalismo uma história de amor

vale a pena ver o filme de Michael Moore. pena é que seja visto por tão pouca gente. basta dizer que não conseguimos vê-lo no Barreiro e tivemos de ir a Almada e connosco apenas havia 12 pessoas na sala! o documentário é um acto de coragem e denúncia, quase individual de Michael Moore, onde o activista cívico nos surge, qual D. Quixote, lutando contra moinhos de vento na mais poderosa nação do mundo capitalista. por esse facto Moore merece o nosso respeito e solidariedade. Michael Moore apresenta ao mundo, com factos e documentos, a verdadeira essência do sistema capitalista, vigente na tão proclamada “maior democracia do mundo”. mostra como gigantescas companhias financeiras dominam o sistema político colocando os seus privados interesses à frente do país e dos cidadãos. como a corrupção domina o esteio da sociedade e como tudo isto conduziu á profunda crise económica que dilacera a América e o mundo ocidental. é esta nação que permite que milhões!!! de cidadãos sejam expulsos de suas casas, percam todos os seus haveres e sejam lançados na mendicidade, que se arroga o direito de dar lições de democracia e de direitos humanos ao mundo. o que vimos no documentário seria impensável acontecer na Europa, sem que se gerassem revoltas, como as que estão a suceder na Grécia actualmente. porque uma das coisas que mais impressiona no documentário é a passividade com que os americanos - tão guerreiros e combatentes no Iraque e no Afeganistão! - aceitam o que lhes está a acontecer. o que sucedeu ao espírito da nação americana que protagonizou o amplo movimento popular, precursor da Revolução Francesa, que conduziu à declaração da Independência dos USA? a mim revolta-me que os americanos aceitem, e ainda agradeçam, às financeiras e imobiliárias, que tudo lhes roubam,  pequenas esmolas que lhe atiram. e sobretudo, choca-me a falta de cultura democrática em contestar as leis vigentes.

2 comentários:

Marília Gonçalves disse...

O 25 de Abril é uma urgência Universal


Abril é uma urgência universal
O mundo fraterno a construir
O uivo a florir no vendaval
De maculadas pombas a cair.

Abril sobre o vácuo do sentir
Mais um Abril aurora flor de luz
Incendiando os olhos do porvir
Na vastidão a previdência de Argus.

Um grito do pensar nova razão
Estridência de seara a repartir
Onde cada se humano seja irmão
E a evidência o tempo a construir.

A bruma do pensar que se desfaz
Ribeiras transparentes a correr
Para que possa enfim surgir a PAZ
Onde a lei final será viver!

Marília Gonçalves

Marília Gonçalves disse...

No dia em que quem vota, votar por si, pelo candidato, próximo de seus interesses de trabalhador, a causa estará ganha.
Mas enquanto as pessoas andam a pensar que é possível enriquecer, sem perceber que a pobreza não é uma fatalidade mas sim o alimento indispensável ao sistema capitalista, e que não há ricos sem muitos e muitos pobres,não poderemos senão constatar o certificado de burrice que passamos a nós mesmos!
No entanto a militância activa e esforçada de Michael Moore merece o maior respeito pela veracidade e coragem com que nos apresenta neste filme documentário a Sociedade americana e o seu desumano poder.
Vão ver o filme, se puderem, mesmo longe vão vê-lo.
é uma venda a arrancar de nossa visão!
Para que uma nesga de sol nasça para o Mundo
Marília Gonçalves