ó minha terra na planície rasa,
branca de sol e cal e de luar,
minha terra que nunca viu o mar
onde tenho o meu pão e a minha casa...
minha terra de tardes sem uma aza
sem um bater de folha... a dormitar...
meu anel de rubis a flamejar,
minha terra mourisca a arder em brasa!
minha terra onde meu irmão nasceu...
aonde a mãe que eu tive e que morreu,
foi moça e loira, amou e foi amada...
truz...truz...truz... eu não tenho onde me acoite,
sou um pobre de longe, é quasi noite...
terra, quero dormir...dá-me pousada!
soneto de florbela espanca, manuscrito de que vi uma cópia,
não sei se editado, dedicado a um seu amigo do barreiro
não sei se editado, dedicado a um seu amigo do barreiro
2 comentários:
É lindo este poema. Só tu para o descobrires. Beijo, Joana
sim, é muito belo este poema joana. foi-me dado a ler por um amigo, amigo da pessoa a quem foi dedicado.
e está assinado pelo punho da própria poeta florbela espanca
bjnhs tb para ti
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