no largo da aldeia
a meio da tarde
naquela taberna
vendem-se coiratos
e fazem-se seguros
os homens sentados à porta
esperam o fim da tarde
os copos na mão
mirando a planície
seca
ondulante de calor
o pasto quase branco
o branco das casas
a cal
faiscando ao sol
e a planície distante
os homens alongando o olhar
até à lonjura
vão sorvendo pequenos goles
de solidão
com sabor a vinho
e sentem saudades
de um tempo não vivido
antigo
como sempre foi o futuro
4 comentários:
Lindo!
que belo poema e que retrato humano!
abraço à nossa papoila do Alentejo
Muito bom!
E pergunto, para quando a publicação de um livro teu.
Joana
Realidade e imaginário numa linda simbiose.
Parabéns.
Bj.
Manuela Fonseca
marilia
manuela
retratos alentejanos, belos mas duros
por vezes não são assim tão imagin´
arios
abraços
joana
qualquer dia...
bjs
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