09 junho 2010

chuva de verão




a noite escorre pelas vidraças
como a chuva
suave
que numa leve capa
envolve a cidade

fica estranha
a noite sem estrelas

a tempestade
em reflexos roxos
rasga o silêncio
em tonalidades belas

as vagas no rio
arrepiadas de medo
ou de frio
enrolam-se e guardam segredos
de mitos antigos
verdadeiros ou não

é apenas mais uma noite
e a melancolia da chuva de verão

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