lindo! assim está o alentejo muito verdinho, como escreveu camões e cantou zeca afonso. os campos rebinchando de água. é só regatinhos e ribeiras, tudo a correr, em fugas pequeninas, rápidas. águas clárinhas (uma outra entoação de cristalinas). o guerreiro almansor, rio rei maior de montemor, a transbordar. sempre mais largas as margens da constante mutação. ano de todas as águas. tanta chuva! até a estrada se torna perigosa. no mercado de évora já quase ninguém. o homem da água-mel já tinha tudo arrecadado, mas lá vendeu uma garrafinha. rábanos para comer com pão e azeitonas. com uma açorda é indispensável. tôrtas e popias. queijinhos do cano, oriola e até um de serpa de nome almocreva(!). no caminho o xarrama, ainda junto à nascente já leva tudo à frente. toma caminho na senhora dos aflitos e segue solitário até se encontrar com o sado. a barragem do divor quase cheia.será desta!? à beira da estrada a primavera faz sorrisos em caternotas e pátinhas amarelas, entremeadas de saramagos brancos, mais umas cor-de-rosa, as cadeirinhas. ainda não há lírios por aqui. felizmente não havia água em casa. os telhados portaram-se bem. nem uma goteira. enquanto o almoço é preparado faz-se o lume, que a casa está fria. o quintal começa a ficar bonito. os bolbos nasceram todos. há muitos botões. aos primeiros raios de sol vão abrir em perfumes, goivos, jarros, jacintos, cravos. as leiras de coentros e espinafres aguentaram-se, não houve muitas geadas. espigos de couve com fartura. as roseiras, podadas em janeiro, rebentam com força. já o lume crepita e o cheiro do caldo de peixe com poejos inunda toda a casa. estava uma maravilha! especialidades do cozinheiro da casa.
09 março 2010
o fim de semana... que passou
lindo! assim está o alentejo muito verdinho, como escreveu camões e cantou zeca afonso. os campos rebinchando de água. é só regatinhos e ribeiras, tudo a correr, em fugas pequeninas, rápidas. águas clárinhas (uma outra entoação de cristalinas). o guerreiro almansor, rio rei maior de montemor, a transbordar. sempre mais largas as margens da constante mutação. ano de todas as águas. tanta chuva! até a estrada se torna perigosa. no mercado de évora já quase ninguém. o homem da água-mel já tinha tudo arrecadado, mas lá vendeu uma garrafinha. rábanos para comer com pão e azeitonas. com uma açorda é indispensável. tôrtas e popias. queijinhos do cano, oriola e até um de serpa de nome almocreva(!). no caminho o xarrama, ainda junto à nascente já leva tudo à frente. toma caminho na senhora dos aflitos e segue solitário até se encontrar com o sado. a barragem do divor quase cheia.será desta!? à beira da estrada a primavera faz sorrisos em caternotas e pátinhas amarelas, entremeadas de saramagos brancos, mais umas cor-de-rosa, as cadeirinhas. ainda não há lírios por aqui. felizmente não havia água em casa. os telhados portaram-se bem. nem uma goteira. enquanto o almoço é preparado faz-se o lume, que a casa está fria. o quintal começa a ficar bonito. os bolbos nasceram todos. há muitos botões. aos primeiros raios de sol vão abrir em perfumes, goivos, jarros, jacintos, cravos. as leiras de coentros e espinafres aguentaram-se, não houve muitas geadas. espigos de couve com fartura. as roseiras, podadas em janeiro, rebentam com força. já o lume crepita e o cheiro do caldo de peixe com poejos inunda toda a casa. estava uma maravilha! especialidades do cozinheiro da casa.
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5 comentários:
menina, que tentação, dá vontade de ir correr para aí
milhares de tentações!
raio de vida que por aqui fico e nem sei se mais alguma vez torno a ver chão português e as suas gentes e as coisas boas que fazem
enfim o que vale é que segundo me parece se os pés estão aqui, os olhos me ficaram por Portugal, senão nunca mais escrevia...
é... uma nova forma de gigantismo... ah ah ah
abraço
Marília Gonçalves
abraço gigante marília
Belo texto!
Parabéns.
obrigado samuel
oh minha Amiga, também sei o que é estar longe de filhos
O meu filho já não, o vejo há mais de três anos, nem o netinho,nem a nora
filhas também tenho longe, mas nao tanto e vemo-nos mais vezes
é difícil a distância
boas férias e muita alegria
abraço
Marilia
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