da serra do louro
quanto pode a vista alcançar...
entre o sado e o tejo
todo o mundo é meu
à bolina no mar da palha,
aproveitando, o vento e a maré
vogam velas do barreiro
apenas em dias escuros
a luz incide, directa
na silhueta da ponte
eu, aqui de longe, tento capturá-la
e sem querer, a este pombo,
ligeiro,
que aqui ficou prisioneiro
dias e dias de calmaria
lisboa de cores mil
hoje o tejo é de prata
na colina do castelo...
será que apenas eu consigo vê-lo?
mais belo, ainda, ao entardecer
na baixa-mar o tejo desvenda-se
em "ilhas afortunadas"
terreiro dos passos mil
tejo de seda
tejo veloz
deslizando
a caminho da foz
"o que importa é partir"
uma ponte no coração
com nome de revolução
vista daqui, lisboa começa em almada
e o tejo
é um pego largo
de águas mansas
a ponte espreita
sobre a língua de areia, estreita
na maré cheia de alburrica
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