03 dezembro 2011

finisterra


  fim de tarde

de um tempo qualquer


 finos véus

leves
suaves

quase

ocultam a cidade

desvenda-se o rio

em largo oceano

no olhar que se perde

quase melancolia

quase saudade



a  noite

 vem chegando

adejando

nas asas de uma gaivota


perde-se o dia

e em sombras e luz

a noite erra

aqui

onde estou

(apenas eu sei)

é finisterra

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