hoje parei o tempo
abri a porta
entrei lá dentro
e vi
sentadas
em cadeiras de buinho
a
solidão
e as vozes
do silêncio
em segredo
escutando
palavras inventadas
falando
da alma
e
e
do tempo
e de como nos escava
cá dentro
quando à tarde
na curva do caminho
a saudade assoma
em passo lento
no tempo deste caminho
houve um tempo
em que a taipa foi terra
e depois paredes
e agora nada
um dia
talvez,
as paredes de taipa
voltem
a ser
terra lavrada
1 comentário:
Força Alentejo
RESISTIR POR ABRIL
a TERRA A QUEM A TRABALHA
O POVO AO PODER
RESISTÊNCIA ORGANIZADA
Marília Gonçalves
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