17 maio 2011

o tempo, a taipa e as vozes do silêncio



hoje parei o tempo

abri a porta

entrei lá dentro


e vi

sentadas

em cadeiras de buinho

a

solidão

e as vozes

do silêncio

em segredo

escutando

palavras inventadas


falando

da alma

e

do tempo

e de como nos escava

cá dentro


quando à tarde

na curva do caminho

a saudade assoma

em passo lento


no tempo deste caminho

houve um tempo

em que a taipa foi terra

e depois paredes

e agora nada


 um dia

talvez,

as paredes de taipa

voltem

a ser

terra lavrada

1 comentário:

Marília Gonçalves disse...

Força Alentejo

RESISTIR POR ABRIL


a TERRA A QUEM A TRABALHA
O POVO AO PODER

RESISTÊNCIA ORGANIZADA

Marília Gonçalves