«Nas proximidades de Alburrica, mas no Bico do Mexilhoeiro, está o Moinho do Braamcamp. As informações que dele possuímos referem a sua existência em meados do século XVIII, altura em que o então proprietário Vasco Lourenço Veloso o reedificou, em virtude de ter ficado bastante destruído pelo terramoto de 1755.
Em 1804, os herdeiros de Vasco Veloso venderam o moinho a Venceslau Braamcamp, Barão do Sobral, que o transforma num dos maiores moinhos de maré do estuário do Tejo. Ganha a designação de moinho do Braamcamp.
Mais tarde é vendido mas já por Abraham Wheelhouse a Robert Reynolds, compondo-se a propriedade então de «casas de habitação, armazéns, casa que foi fábrica de bolachas, moinho e motor de água, terras de semeadura e diversas árvores».
A antiga Quinta do Braamcamp, que no final do século XIX era conhecida por Quinta dos Ingleses (por ter pertencido a diversas famílias de origem britânica) foi adquirida pela Sociedade Nacional de Cortiças em 1897, que adaptou o edifício do moinho às suas actividades industriais, função que mantém até à actualidade».
in Barreiro - O lugar e a História - CARMONA, Rosalina, ed. Junta de Freguesia do Barreiro, 2009, p. 82-83
Era assim ainda em 2009. Hoje o moinho está em risco de desabar e desaparecer por completo, depois que foi devorado por um incêndio na semana passada. O actual proprietário é o Banco Comercial Português, cujos lucros subriram 625% no início do ano. Não será pois nenhum absurdo esperar que o BCP « respeitando os barreirenses e a sua história, e perante os factos ocorridos, faça as obras necessárias à recuperação do moinho e tome todas as providências adequadas à salvaguarda do património que se encontra na antiga Quinta do Braamcamp» pedaços da história viva e do património do Barreiro.
É por isso que aqui fica o link da petição da Associação Barreiro Património Memória e Futuro http://patrimoniobarreiro.org/, e o convite para todos os que a queiram assinar.
2 comentários:
papoila rubra, uma palavrinha para dizer que o teu blogue está lindíssimo!
e o tempo é de primaveras, dum Março a semear Abril nos nossos olhos e o sol nos corações
Dizia agora à minha neta que a beleza,é indispensavel, mas que por vezes é preciso descobri-la, a da Natureza, a da Arte e a dos seres humanos quando sabem repartir!
abraço Alentejo por quantas Catarinas trazes em ti, pelo teu perfume a pão, pelo teu povo que sempre conquistou a Dignidade, erguendo-a do seu sofrimento! Abraço para todas as papoilas e para quantos são sangue do nosso pão e dessas searas de Esperança que são tuas Alentejo
Viva a Primavera que renasce em nós
até breve
Marília Gonçalves
olá marília
obrigado pela tuas palavras sempre amigas
ainda bem que gostas do novo visual do blog
sim, temos de procurar a beleza para tentar tornar a nossa vida um pouco melhor, nestes tempos tão feios e confusos que atravessamos.
ainda que a esperança em dias melhores preencha os nossos corações
e o ideal de abril não nos abandone.
beijos desta tua amiga papoila
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