31 janeiro 2011

terras de endovélico


horizonte sem limites


nas margens desta ribeira nascem poejos...

hoje não há queijos
talvez
para a próxima vez

a planície
como se fosse o olhar
pela serra d'ossa
à vila do alandroal

terras de endovélico
divindade da idade do ferro
pré-latina
deus da medicina
terras de homens curandeiros

cristianização de antigos sitios pré-históricos


castelo de terena

largo do castelo velho
como dói
o vazio das ruas

sombras do passado

por esta gateira não passam mais gatos


ao fim da tarde
o olhar chega mais longe

perde-se o olhar
de tanto olhar

a noite vem
de mansinho
embrulhada
em xaile de frio
fininho

3 comentários:

ARFERLANDIA disse...

O 1º comentário:

Imagens que valem mais que mil palavras.
Marcas identitárias que marcam a diversidade
paisagística, histórica e cultural do Alentejo, desde a costa bravia e bela,passando pela planicie serena ululante e de múltiplas cores, aos montados, pastagens, casario alvo e limpo (como a alma do povo alentejano) e aos castelos que durante séculos foram garantes da defesa territorial.
Parabéns pelas imagens e pelas palavras poéticas que as acompanham.Que estás uma fotógrafa e peras é já uma realidade.

Um beijinho amigo

Eu agora nem voz tenho, vamos ver se por curto tempo.

ARFER

azinheira disse...

é sempre tão belo o alentejo
com estas paisagens, o difícil é encontrar as palavras certas

oxalá já estejas melhor armindo
beijinhos

Anónimo disse...

Muito bonito o Alentejo, em palavras e imagens.