04 novembro 2010

madrugadas claras



algures

num alentejo fundo

tanto como o vale do guadiana

entre serras

a de serpa e a de mértola

as noites são mais azuis

iluminadas
apenas
pelas estrelas

o ar leve
tanto

transporta-nos
até júpiter e suas luas

alentejo tão fundo como a noite
como o céu

as palavras são poucas

e

 gastas

é preciso inventar novas

que escrevam esse céu

essa planície
quase
infinita

essas madrugadas
claras

envoltas em tules finos
 de névoas

e os dias trabalhosos
longos
ainda que o sol se esconda cedo

dias de trabalho
esforçoso

 breves

para mim

não para outros

3 comentários:

Anónimo disse...

Outro que vou imprimir para guardar.
Bj, Joana

Marília Gonçalves disse...

Alerta

http://www.youtube.com/watch?v=6ahGKh0AN9c&NR=1

só planície disse...

obrigado joana
bj

é sempre bom recordar e estar alerta marília
bj tb