19 janeiro 2010

cotas máximas


desculpem a insistência no tema. é que como vi alqueva à cota máxima de 152, agora vejo cotas máximas em tudo. ele é a cota máxima da saudade (a saudade é de diverso tipo, cada um tem a sua e á sua medida). de vez em quando abre-se a comporta, descarrega-se um pouco e fica-se mais aliviado. mas ela volta logo a subir, é muito teimosa. enfim, essa coisa da saudade tem muito que se lhe diga. passemos à frente. ele é a cota máxima da tristeza, às vezes basta que um pisco mate a sede no lago e pronto! é o suficiente para que voltem os níveis de segurança. também há a cota máxima do sofrimento, essa é das mais perigosas, nunca sabemos bem se nos vamos afogar. e também é muito oportunista, quando menos se espera, pumba! além do mais tem várias caras, em bom português do PREC dir-se-ia uma vira casacas. aqui mostra uma face, ali mostra outra. uma autêntica cara de feijão frade. quem não souber o que isto significa que pergunte! se possível aos revolucionários a tempo inteiro, que muito sofreram com tais casos. também há a cota máxima do amor (do amor ou da amizade. não será a mesma escrita com caracteres diferentes?) ou não haverá esta?, o amor nunca é demais, então não deve ser fácil, ou será mesmo impossível que atinja os 152. portanto não é preciso descarregá-la e logo essa questão não se põe. adiante, que prá frente é que é o caminho. existe também a cota máxima da rotina, do quotidiano cinzento. vemos o perigo que constitui mas ás vezes o mecanismo falha, não faz a descarga e é a tragédia. por fim, há a cota máxima do desejo. quando atinge os tais 152, é sair da frente. é um tal dilúvio que não escapa nada. parece o leito de cheias do guadiana. e já chega de cotas! se outras houver cada qual que diga das suas. que as minhas já aí vão por esse rio abaixo.

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