04 dezembro 2009

viver é estar aqui

[...]
. aqui
a
jantar

palavras
a
jorrarem

vinho

noite
de
aproximar
os
homens

coisa
maior

a
escrever

o
dia
a
dia

a
cantar
o
meu
povo


as
horas
duras

a
solidão
acompanhada

a
dar-mo-nos

por
inteiro

sem
esperarmos
nada

em
troca

senão

o
prazer

dessa dádiva

na
irredutível
diferença

de
cada
um

(de
nós)

sermos

um
mais

entre

os
tantos
iguais.

CHINITA, Filipe, gente povo todo o dia, edições avante, 2009, pp.178-182

3 comentários:

ramo de azinheira disse...

Acabei de chegar e devo dizer que estou de "papinho" cheio. Obrigada Azinheira por me teres convidado. Foram momentos a rever outros momentos que permanecem nas minhas memórias como uma época muito feliz.
No início fiquei preocupada contigo, não percebi de imediato porque estavas tão emocionada. Mas logo depois eu entendi porque eu também me emocionei.
Um abraço e na próxima, lá estarei.

Unknown disse...

obrigado miúda, pela óptima sessão que me (nos) proporcionaste. Sem o nosso reencontro, sem ti, ela nunca teria lugar. Acho que foi quase perfeito, para além do prazer que de redescobrir pessoas de rosto franco, de corpo inteiro, sábias das coisas da vida, esses homens e mulheres, que ontem aí estiveram connosco. da próxima temos de tocar outras tantas, e entre elas,também jovens.Organizaste tudo muito bem! ser-te-ei sempre obrigado. o barreiro passou enfim a ser parte de mim. terei de aí ir mais vezes. abraço.

só planície disse...

ramo de azinheira
não é fácil falar de certas coisas, quando elas marcaram tão profundamente as nossas vidas, especialmente quando se tem 18 anos e se vive de corpo inteiro uma Revolução.
filipe
Concerteza que a próxima ainda será melhor. E serás sempre bem vindo ao Barreiro.